SEMIOLOGÍA PSIQUIÁTRICA Y PSICOPATÍA

Dr. Hugo R. Marietán

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Era um psicopata o piloto suicida das
torres gêmeas ? 1


 
Hugo
Marietán 2


Mesa Redonda 8º Congresso Internacional de
Psiquiatria


Temas de Psicopatia

 

O
piloto está voando a baixa altura para evitar os radares,
e de repente faz uma volta em torno de seu objetivo,
perdendo a direção original o avião faz uma manobra
especial para atingir como alvo a segunda torre gêmea em
Nova York.

A
primeira pergunta é: O que esta pensando este homem nessas
circunstâncias? A segunda que tipo de personalidade é
capaz de realizar uma ação semelhante?


Sem duvida, o tipo de personalidade que levou adiante esta
ação, não corresponde a maioria da população, é uma pessoa
atípica.


Tão atípico que poderíamos pensar que é um psicótico?


Podemos pensar que é um psicótico aquele que realiza, com
tanta precisão e capacidade, o manejo de uma máquina tão
complexa, e a orienta em direção de seu objetivo
conseguindo o resultado?


Eu me atrevo a dizer que não é um psicótico!


Poderíamos pensar que esta pessoa é um neurótico, porém
creio que a pessoa neurótica, todavia, estaria pensando.


Mas permanece, analisando as pessoas atípicas, outra
pergunta: Poderia se tratar de um psicopata?

 


Antes de responder esta pergunta me permitirei
conceitualizar dois itens:


1) O conceito de doutrinação


2) O conceito de treinamento

A
doutrinação, para que dê resultado, ao lado da
fundamentação básica tem que possuir um objetivo altamente
transpessoal. A pessoa, orientada por uma doutrina, deve
estar trabalhando com todo o seu empenho para algo que
supere o seu próprio ser, e a de qualquer outro. Na
doutrinação, a pessoa que estamos analisando, para lograr
o resultado. Na doutrinação não se pode dizer que outra
pessoa morra em lugar, porque ela deve morrer por algo
muito superior (por Deus, por Alá, pela Pátria…).

A
doutrinação, além do objetivo transpessoal, deve cobrir
uma necessidade daquele indivíduo, deve dar-lhe uma
explicação, com peso suficiente, para que logre encapsular
seu instinto de sobrevivência, e logo, uma vez realizado
este trabalho de sugestão, começa a fase de treinamento. O
treinamento é uma aprendizagem que consiste na repetição
de uma ação, com conhecimento e deliberação com a
consciência de que não existe perigo no momento.

 


Então, diante da pergunta «que está pensado este homem
nessas circunstâncias? eu me atreveria a dizer que essa
pessoa, nesse momento, não está pensando em nada. É pura
ação. É puro cinetismo ( n.t ação de mover’, movimento)».


Nas guerras das Malvinas, nossos pilotos, que tinham
realizado um excelente trabalho com seus aviões de
combate, voavam a baixa altura para evitar os radares, e
se colocavam a uma distância muito perigosa em relação ao
fogo inimigo para disparar seus mísseis. Entretanto tinham
que evitar a ação dos aviões inimigos. Terminada a guerra,
perguntaram a um destes pilotos, «você, no momento, quando
estava em combate e em ação, o que pensava?». E o piloto
respondeu: «nada, porque se você pensa nesse momento morre».

 


Retomando a primeira pergunta feita ela pode ser assim
respondida: não pensam em nada, é pura ação, a reflexão já
havia sido feita antes, todo o questionamento já ocorrerá,
nesse momento é pura ação .

 


Os militares contam com métodos para controlar um batalhão
de soldados, porém não há como controlar um suicida. Não
se pode usar a principal arma psicológica contra o inimigo,
o medo e a possibilidade da morte. Se todo o soldado que
vai para a guerra têm altas probabilidades de morrer,
sempre há um resquício de possibilidades de não morrer,
que pode se salvar, que pode retornar como herói. A
consciência de uma morte certa o paralisaria. De fato,
sempre se diz «vou entregar minha vida pela pátria, então
vou!» e se põe em marcha, porém interiormente a idéia é «eu
vou me salvar, e aquele que está aqui, ao meu lado, vai
morrer…!». No caso de soldados suicidas, e esta é a
novidade para o ocidente, estamos diante de pessoas que se
manejam com cem por cento de possibilidade de própria
morte e, o que é importante que não se trata de um ato
impulsivo.

 


Vamos a segunda pergunta. Descartado o psicótico,
descartado o neurótico, é este um psicopata? Com os
conceitos anteriores, eu posso dizer que pode ser um
psicopata, ou pode ser um doutrinado.

 


Qual seria a diferença entre um psicopata e um doutrinado?

O
doutrinado está fazendo um trabalho sob sugestão (não sua-gestão).

O
psicopata está em estado mental patológico caracterizado
por desvios, sobretudo caracterológicos, que acarretam
comportamentos anti-sociais. Este é o seu traço. O
psicopata é um tipo de personalidade especial, preparado
para situações também especiais. Dada sua característica
de ação, de assumir o risco, mesmo contra a sua
sobrevivência, é uma pessoa que mesmo em tempos de paz
sofre por não estar adaptado aos tempos de paz, por isso
apresenta as características que são tão conhecidas. Um
psicopata em tempos normais é um desadaptado. Em tempos
anormais, ele, que é um anormal, está adaptado.

 

É
psicopata ou doutrinado? Responder esta pergunta é, agora,
impossível, nunca saberemos isto. Esta pessoa morreu.

 


Eu queria fazer esta introdução para falar precisamente
dos mitos da psicopatia.


Aqui ocorre a seguinte dualidade. Um mesmo homem é
considerado um assassino, um perverso, por um grupo e um
herói por outro grupo. Mas como é possível seu um herói e
um assassino? Esta dualidade só pode ocorrer em distintas
ocasiões, em distintos estamentos e em distintas
circunstâncias com os psicopatas. Para aquele grupo, o
psicopata representa algo assim como um ser superior, e ao
mesmo tempo sua ação pode ser considerada, pela maioria,
como altamente anti-social ou dissocial. (n.t. que não se
pode associar, agregar, unir).

 

É
possível julgar se o piloto pensou nas vítimas inocentes
que causaria a sua ação.


Eu diria que tanto o doutrinado como os psicopatas
necessitam de uma postura psicológica importante, sem a
qual não poderiam realizar esta ação, que é a coisificação
do ser humano 3. O inimigo não é um ser humano, não é uma
pessoa, como Eu. É uma coisa. E, se é uma coisa, pode ser
destruída, manipulada. Com uma coisa se pode fazer o que
se quiser.

 


Nos anos setenta, onde houve a solapada experiência da
guerra civil, se perguntava a um líder dos Montoneros:
«Diga-me, você que tinha sob o seu comando jovens,
adolescentes, adultos muito jovens, não tinha consciência
que esses jovens iam morrer?» E este chefe respondeu
simplesmente o seguinte: «nos não pensávamos em termos de
sobrevivência de nossos soldados, ou nossos contingentes,
nos tínhamos um objetivo muito superior a vida de um
soldado montonero ou de um contingente montonero». Ou seja,
considerava-se que estavam previstas as baixas dentro de
uma guerra, tanto de um lado como de outro. E inclusive,
como agora, nos acostumamos a ouvir, também estão
previstos os efeitos colaterais ou não desejado como dizem
na CNN.

 


Nesta dualidade de ser considerado por um lado um herói e
por outro lado um carrasco deve-se julgar a valoração
«moral ou social» do psicopata, e tudo depende do lado de
que se olhe.

 


Notas de rodapé:

1
Conferencia apresentada no 8º Congreso Internacional de
Psiquiatría organizado pela Associação Argentina de
Psiquiatras, Quarta feira 24 de outubro de 2001, Buenos
Aires. Mesa Redonda: «Temas de Psicopatía».

2
Médico psiquiatra, docente da Faculdade de Medicina,
Universidade de Buenos Aires. http://www.marietan.com/,
hugomarietan@gmail.com

3
Para uma ampliação deste conceito ver o artigo
Personalidades Psicopáticas, em http://www.alcmeon.com.ar/
ou em http://www.marietan.com/

 


Si tiene cualquier inquietud
escríbame a marietanweb@gmail.com

 

Sobre el autor

Hugo Marietan

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SEMIOLOGÍA PSIQUIÁTRICA Y PSICOPATÍA

Hugo Marietan

Nacido en Buenos Aires, en 1951

Médico, Facultad de Medicina, Universidad de Bueno Aires, 1981, MN 62757

Médico Psiquiatra, Facultad de Medicina, Universidad de Buenos Aires, 1986

Formación Docente: Egresado del Curso de Formación Docente Pedagógica en Ciencias de la Salud y Carrera Docente de la Facultad de Medicina de la Universidad de Buenos Aires

Docente Adscripto a la Carrera Docente Facultad de Medicina. de la Universidad de Buenos Aires desde junio de 1991 a la fecha.

Académico Titular de la Academia Internacional de Psicología de Brasil (2002)

Para ver el curriculum completo: https://marietan.com/curriculum/

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